
“Dado que o filme aborda questões climáticas, fez-nos todo o sentido adotar práticas mais sustentáveis na sua produção” explica Andreia Nunes, produtora e cofundadora da Wonder Maria Filmes. O filme olha para o último encontro de verão de uma família que se prepara para vender uma antiga propriedade alentejana, quando um incêndio devasta a região.
A equipa seguiu as diretrizes da Green Film, garantindo um método concreto para medir o impacto ambiental da produção. “Graças a esta certificação, tornámo-nos no primeiro filme português a obtê-la, um feito que nos enche de orgulho” afirma Andreia, adiantando que esta coprodução entre Portugal, Itália e Argentina encontra-se, de momento, em pós-produção.
Compromisso com a sustentabilidade
Recorde-se que no ano passado foram incluídos critérios de sustentabilidade ambiental nos regulamentos dos dois incentivos Pic Portugal, levando a que 46 % das candidaturas apresentadas ao Incentivo à Produção (Cash Rebate) apresentassem planos de sustentabilidade ambiental.
Já no caso do Incentivo à Grande Produção (Cash Refund), várias candidaturas admitidas apresentaram esse mesmo plano, a que se pode seguir uma auditoria ambiental da produção – o que poderá valorizar estas candidaturas em dois pontos.
No âmbito do seu trabalho em torno da promoção da sustentabilidade ambiental, a Portugal Film Commission irá promover a realização do workshop Green Film Lab em Lisboa, no início do próximo mês de novembro. Em causa está uma ação de formação do Torino Film Lab sobre práticas sustentáveis dirigida a profissionais europeus do setor e sustainability managers.
Ao longo de três dias, os participantes vão conhecer a melhor forma de implementar boas práticas relacionadas com poupança de energia, deslocações, alojamento, refeições, decoração de cenários, gestão de resíduos, reciclagem e comunicação.